Alexandre Dal Farra, Newton Moreno,Francisco Carlos, Roberto Alvim, Grace Passô, Dione Carlos, Michelle Ferreira,Pedro Brício, Silvia Gomez, Emanuel Aragão, Pedro Kosovski e Jô Bilac. Durantedois dias, em junho de 2018, esses doze dramaturgos brasileiros aceitaram uma provocação: subir ao palco do Teatro Sesc Ipiranga, na cidade de São Paulo, para participar de uma maratona de entrevistas.Um após o outro, eles falaram sobre métodos de trabalho, inspirações,condições de produção, relação com o público e as principais linhas de força que movem suas escritas.Todos haviam recebido, previamente,questões que funcionavam como disparadores de ideias, e tiveram a liberdade de escolher quais delas queriam desenvolver diante de um público atento e de três provocadores ligados de diferentes maneiras à cena teatral: a editora Isabel Diegues, o curador Kil Abreu e o professor e pesquisador José Fernando Peixoto de Azevedo. Presentes no palco, eles não apenas reverberavam as questões que haviam feito anteriormente como, no calor das falas, instigavam os entrevistados a desdobrar os pontos mais interessantes de seus depoimentos.O resultado é este Maratona de dramaturgia, um documento sobre as potências políticas e estéticas do teatro brasileiro contemporâneo na voz daqueles que o escrevem: da preocupação em refletir um panorama social atual do país à defesa de uma experiência criativa radical; de um inconformismo implacável com as classes médias à escrita feita por corpos negros que materializam, com poética própria, seus lugares de fala; de usos trans-históricos dos gêneros teatrais à confecção de novas mitologias e temporalidades — tudo neste livro indica que os caminhos da nossa dramaturgia são múltiplos e singulares.