Imaginem se uma nave espacial descesse à Terra e extraterrestres levassem humanos de vários países para um planeta distante. Ninguém fala a mesma língua, e todos são separados de seus amigos e parentes. O que restaria a esses humanos? A memória das brincadeiras de infância, dos rituais, da comida, dos jogos, das festas.

Algo semelhante aconteceu aos homens e mulheres africanos trazidos para o Brasil a partir do século XVI para serem escravos. Aqui, tiveram de encontrar formas de resistência e luta. A capoeira foi uma delas, resultado da soma de danças ritualísticas, jogos lúdicos e artes marciais africanos. A capoeira se transformou em esporte brasileiro, exportado para diversos países como Japão, Suíça, Estados Unidos e outros. O uniforme branco e os movimentos sistematizados que conhecemos hoje foram modificações inseridas por Mestre Bimba, para tirar a capoeira da marginalidade e fazê-la ser reconhecida como prática esportiva.

Neste livro, o menino Damião, que não se reconhece em nenhum dos heróis que vê nos filmes e na televisão, encontra uma roda de capoeira e aprende nove golpes e defesas básicos da capoeira. Ao ser batizado na roda, ele descobre que não precisa de nenhum herói, pois ele mesmo se torna um. Todo ilustrado, o livro apresenta um passo a passo divertido do esporte 100% brasileiro e ainda aborda a questão da busca pela identidade.

*Obra selecionada pela Prefeitura de Suzano (2007).*Obra selecionada pelo Programa Ler e Escrever – Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (2008).*Obra selecionada para o PNLD 2013.